10 de setembro de 2010

Estávamos caminhando juntos, lado a lado. E era tão bom... O sorriso estava estampado na cara. Era impossível esconder, dizer que não.
Mas aí, de repente, você largou minha mão, virou-se e pôs-se a andar. As lágrimas rolaram pelo meu rosto com a força de uma queda d'água. Indomáveis.
Agora estou aqui sozinha, parada na estrada. Sem eira nem beira, como um viajante quase que sem rumo. Gostaria de ir, dar a volta e dar o primeiro passo em uma direção qualquer. Apenas para respirar outros ares. Pois o destino não poderia ser melhor que tudo o que chegou e se foi como vento. Mas meus olhos estão vidrados, virados para o passado que de tão lindo, parecia sonho.
Observo seus passos. E peço no silêncio que insiste em ficar, que você olhe para trás e venha correndo ao meu encontro. Me pegue no colo e nunca mais deixe que eu sinta tua falta.
Peço-te, meu amor: não demore! Ou diga adeus e permita-me, assim, partir em busca de um novo começo.

2 comentários:

Fred Bahia disse...

Belo texto. Que forma bonita de contar um fato. Vejo seu sentimento nesse texto. Tudo muito lindo e doce.
Parabéns.
Gostei muito.

railer disse...

linda postagem.
quando isso acontece, o melhor é se dar ao direito do luto, como falei recentemente no meu blog, e depois partir pra um novo recomeço como você falou!